Hoje fiquei revoltada enquanto lia o jornal e tive que ler e reler várias vezes a mesma linha do subtítulo da notícia para tentar entender, quando descobri que na verdade eles é que tinham escrito errado. Era uma entrevista do Luxemburgo dizendo que se ele estivesse à frente do Palmeiras já teria ganhado o campeonato. Acontece que lá estava escrito que se ele "tivesse a frente", tivesse significa ter, possuir, diferente de estivesse que é o que eles queriam dizer.
Sei que em tempos de novo acordo ortográfico, em que os pingüins inconseqüentes viraram pinguins inconsequentes e que ideia e voo não têm mais acento, isso pode parecer bobagem, mas, como escritora, não acho nada bacana um anúncio que aparece em um jornal, feito por profissionais, conhecedores da língua portuguesa (pelo menos imagina-se que sim) ter um erro dessa dimensão. Fica aqui meu protesto contra o erro de significados, pois eu li umas três vezes achando que o erro era meu de não estar entendendo...
Erros como esse não aconteceriam a torto e a direito se as pessoas lessem mais. Sei que talvez essa seja apenas uma das muitas palavrinhas que criam confusão na cabeça das pessoas, assim como registro (que muita gente diz resistro), mortadela (que para muitos é mortandela) asterisco (quantas pessoas dizem asterístico?)e por aí vai.
Outra coisa corriqueira é ver substantivos masculinos, como grama e telefonema, serem tratados como femininos (as pessoas pedem duzentas gramas de salaminho, já repararam? A grama é a que tem no chão, o grama é que se refere a peso. E também pedem para dar uma telefonema, em vez de um). Nossa língua não é fácil e, mais, ela é viva. Por isso, sem querer puxar sardinha pra minha brasa, mas já puxando, nada melhor do que ler bastante e aprender, mesmo sem querer, a grafia correta das palavras.
Nossa, que momento professor Pasquale! Desculpa, povo, mas precisava desabafar.
PARABÉNS!!!
ResponderExcluirPARABÉNS!!!
VOCÊ ESCREVE MUITO BEM!